Um homem de 31 anos teve de amputar o dedo indicador após ser picado por uma aranha-marrom, em São Paulo. Wilker Guimarães estava dormindo quando o aracnídeo o atacou, no último dia 28 de dezembro. De acordo com ele, houve negligência médica no tratamento, o que resultou na necrose de seu dedo.
Segundo informações do portal G1, o homem buscou a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) em Samambaia após acordar com dores e inchaço no dedo. Na ocasião, o médico chegou a considerar que pudesse ser picada de aranha, mas não lhe deu soro antiaracnídico. Ele lhe deu remédio para dor e o orientou a retornar para casa.
Posteriormente, o paciente voltou ao hospital dizendo ter encontrado aranhas-marrom em sua residência. Ainda assim, não foi administrado o soro. Somente no dia 29, ao ir à UPA Central, que ele recebeu o tratamento adequado, mas já era tarde demais para salvar seu dedo.
– Foi uma negligência médica. Levei a picada e, após duas horas, fui ao médico. Ele falou que poderia ter sido de aranha ou escorpião – disse Wilker, que trabalha como garçom.
Como resultado, o paciente teve de amputar o membro no último sábado (13) e recebeu alta médica nesta segunda-feira (15).
– Agora é tentar acostumar com a nova condição. Dói um pouco porque, querendo ou não, arrancou [o dedo]. Por enquanto, estou aguardando o médico marcar o retorno – acrescentou.
Ele ainda contou que sente a Síndrome do Membro Fantasma, que ocorre quando o cérebro ainda não assimilou a amputação e acredita que a parte cortada ainda está junto ao corpo.
– O cérebro ainda não identificou que não tem mais. Sinto coçar e nem tem o dedo. É muito estranho – comentou.
A Secretaria de Saúde Pública (Sesap) se pronunciou afirmando que o homem teve uma necrose de pododáctilo esquerdo que não está relacionada à utilização do soro após a picada. Contudo, declarou que irá apurar a situação.
