Grupo internacional de cientistas pedem revisão de indicação de paracetamol a gestantes

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Cientistas de vários países de uniram em um pedido para que agências reguladoras atualizem suas políticas de recomendação para o uso de paracetamol por gestantes. O grupo internacional reúne 91 cientistas publicou a declaração nesta quinta-feira (23).

De acordo com reportagem do jornal O Globo, o remédio é utilizado por cerca de metade das grávidas do planeta, mas os cientistas alertaram para o aparente risco para desenvolvimento do feto. O fato é sugerido após estudos observacionais e experimentos com cobaias.

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O pedido de revisão foi publicado na revista médica Nature Reviews Endocrinology, junto com um estudo de revisão da literatura científica dos últimos 25 anos. Conforme a matéria, os cientistas afirmam que muitos trabalhos apontando risco ainda não são conclusivos, mas inspiram cautela, porque apontam para danos ao desenvolvimento dos sistemas nervoso e reprodutivo dos fetos.

“Nós recomendamos que mulheres grávidas devem ser alertadas no início da gestação para evitar o paracetamol a menos que seu uso médico seja indicado e a se consultarem com um médico”, afirmam os cientistas no artigo publicado hoje como uma “declaração de consenso”.

Os cientistas pedem à FDA e à EMA (agências reguladoras de fármacos dos Estados Unidos e de União Europeia) que, enquanto estudos mais detalhados não resolvam as dúvidas científicas que restam na área, que as recomendações sejam “atualizadas com base na avaliação de toda evidência científica” e “revejam as pesquisas mais recentes”, traz a reportagem de O Globo.

No Brasil a bula do medicamento já afirma que o paracetamol “não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica”. Recentemente a Anvisa emitiu uma nota de cautela sobre danos que o medicamento pode causar ao fígado, mas não tratou especificamente de problemas para gestantes.

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