Vacinação contra a Covid-19 em SP deve iniciar em janeiro, diz Doria

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Foto: Sérgio Andrade/Governo do Estado de São Paulo

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), disse nesta quinta-feira (3) em entrevista à imprensa que a imunização da população de SP contra a Covid-19 iniciará em janeiro e deve ser completada até fevereiro.

O estado de São Paulo, em parceria com o Instituto Butantan, possui acordo para importação e produção no país da vacina Coronavac, produzida pela empresa chinesa Sinovac.

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A chegada de matéria-prima suficiente para a produção de 1 milhão de doses na manhã desta quinta-feira (3) se soma às 120 mil doses que já embarcaram no país. “Com mais este lote de vacinas já temos no Instituto Butantan 1,12 milhão de doses. Até a primeira quinzena de janeiro, teremos 46 milhões de doses disponíveis para a população de brasileiros do estado de SP”, afirmou o governador.

Doria disse ainda estar “indignado” com o plano de vacinação divulgado pelo governo federal na última terça, com início somente em março. “Se o governo federal tiver juízo, competência e entender que mais de 600 brasileiros morrem por dia pelo coronavírus, com essas doses da Coronavac poderá também oferecer para toda a população para imunizar a população brasileira de SP e de outros estados do país.”

“Eu indago se os membros do governo federal que vivem na capital do país não enxergam, não leem e não sabem que existem mais de 600 brasileiros que morrem todos os dias. É surpreendente essa indiferença, essa falta de compaixão com os brasileiros. Por que iniciar uma imunização em março se podermos fazer já em janeiro? Vamos perder mais 60 mil vidas? Vamos deixar que mais 60 mil brasileiros morram para daí iniciar a imunização?”

O governador completou dizendo que vem “cumprindo a missão de disponibilizar a vacina para salvar vidas no menor tempo possível”.

Dimas Covas Tadeu, diretor do Instituto Butantan, afirmou que o instituto deve apresentar até o dia 15 os resultados da fase 3 do imunizante, testado em mais de 16 centros no país, e que não deve-se aguardar para iniciar a imunização já com a vacina disponível.

“É preciso ter um programa de vacinação que disponibilize essas vacinas muito rapidamente, sejam elas 46 milhões, sejam 110 milhões [da Oxford]. Temos que usar essas vacinas em dois, três meses, o mais rapidamente possível. Não podemos nos guiar pelos procedimentos habituais de produção de uma vacina.”

O pesquisador afirmou, no entanto, que os procedimentos rigorosos de eficácia e segurança estão sendo acompanhados e que a vacina será disponibilizada rapidamente cumprindo esses critérios.

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