Mulher fica tetraplégica por sete meses após quadro de diarreia

Ela foi diagnosticada com a síndrome de Guillain-Barré

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Uma jornalista, de 39 anos, ficou sete meses tetraplégica após ter diarreia. Valéria Amaral contou sua história com a síndrome de Guillain-Barré revelando dos primeiros sintomas até chegar ao diagnóstico.

Segundo Valéria, tudo começou no início de 2022 quando apresentou um quadro leve de diarreia causado por infecção intestinal. Os sintomas eram desconforto e cólica.

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Uma semana depois, os braços da profissional de Comunicação começaram a adormecer e, ao longo do dia, ela foi perdendo as forças e os movimentos. Até trabalhos simples como digitar no celular e acender o fogão ficaram impossíveis.

Foi então que Valéria procurou um hospital, onde vários exames foram feitos para investigar se poderia ser um acidente vascular cerebral (AVC). A segunda hipótese acabou se confirmando: síndrome de Guillain-Barré.

Essa síndrome é uma doença autoimune rara que afeta os nervos do sistema nervoso periférico e, no caso da jornalista, atingiu seus movimentos do corpo.

Ainda nos hospital, Valéria foi travando e não conseguiu mais mexer o corpo.

– No final do mesmo dia, não mexia quase nada. Não sentava mais sozinha. Colocaram fralda e um acesso venoso para medicação. A enfermeira dava comida na minha boca – revelou ela ao UOL.

Foram sete meses sem conseguir mexer nada abaixo do pescoço, com muitas dores e dificuldades para respirar.

– Como complicações, tive trombose bilateral nos pulmões, sepse e dengue. Mas me recuperei. Atrasou um pouquinho a minha reabilitação. Entre idas e vindas, fiquei três meses hospitalizada no total – diz a jornalista que contou com ajuda de sua família para enfrentar o problema.

A síndrome de Guillain-Barré tem como característica uma piora aguda e progressiva e, depois, uma melhora do quadro. Com Valéria foi exatamente assim e seus movimentos voltaram.

Agora, ela faz fisioterapia e tratamentos para se recuperar das sequelas deixadas pela doença.

A ligação da diarreia com a síndrome rara é explicada pelo neurologista Frederico Lacerda. Segundo o médico, um dos agentes mais comuns para desenvolver a doença é a bactéria Campylobacter e, nesses casos, o problema se torna mais grave e demora mais para responder ao tratamento.

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