Homens são responsáveis por 60% das doações de órgãos na Bahia, aponta ABTO

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Foto: Arnaldo Alves / Fotos Públicas

A Bahia tem mais de 3,5 mil pessoas esperando na fila para receber doação de órgãos. No estado, a maioria dos doadores (60%) são homens, e têm idade entre 50 e 64 anos. As informações fazem parte do levantamento do Registro Brasileiro de Transplantes da Associação Brasileira de Transplantes de Órgão (ABTO). A importância da doação é lembrada nesta sexta-feira (27), quando é celebrado o Dia Nacional da da Doação de Órgãos.

Segundo a pesquisa, realizada entre janeiro e junho deste ano, foram 72 doadores homens e 21 mulheres. O coordenador do Sistema Estadual de Transplantes, Eraldo Moura, explica que isso acontece porque as mulheres tendem a permitir mais a doação do que os homens.

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“A tendência é que as mulheres autorizem mais a doação de órgãos de seus companheiros, filhos e parentes. Em relação à faixa etária, houve um aumento da idade nos últimos cinco anos”, diz.

Causa da morte – O Registro Brasileiro de Transplantes revela ainda quais são as principais causas das mortes dos doadores. Na Bahia, os acidentes vasculares cerebrais (AVC) correspondem a 48% das causas, tendo sido 45 óbitos no primeiro semestre deste ano. Em seguida, aparecem o traumatismo cranioencefálico (TCE) (40%), anóxia [“ausência” de oxigênio] (8%) e outros (2%).

Ainda de acordo com o levantamento, 1.040 pessoas entraram na fila neste mesmo período no estado, sendo 35 pacientes pediátricos. A Bahia aparece na quinta posição do ranking nacional em número de doadores em potencial, com 504 pessoas. No entanto, esse número caiu para 442 quando foram filtrados os doadores elegíveis. Desses, 93 conseguiram doar um órgão.

Como ser um doador (a) – Desde abril deste ano, doar órgãos está mais fácil em todo o Brasil. Isso acontece devido a Autorização Eletrônica de Doação de Órgãos (Aêdo), parceria entre o Colégio Notarial do Brasil e o Ministério da Saúde.

O documento digital pode ser preenchido de forma gratuita neste site. Nele, a pessoa escolhe qual órgão deseja doar, faz uma videoconferência para que sua vontade seja registrada e assina a autorização digitalmente. Com isso, o desejo de doar passa a ser oficial em caso de morte.

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