Governo Bolsonaro investiu R$ 1,3 milhão em influenciadores para campanha sobre coronavírus

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Foto: Marcelo Camargo/ Agência Brasil

O presidente Jair Bolsonaro, por meio do Ministério da Saúde e pela Secretaria de Comunicação (Secom), investiu mais de R$ 1,3 milhão dos cofres do governo federal para custear ações de marketing com influenciadores digitais sobre a Covid-19.

De acordo com o roteiro da ação, obtido pela Agência Pública e divulgado na manhã desta quarta-feira (31), quatro influenciadores foram contratados através de um pedido via Lei de Acesso à Informação (LAI) para divulgar informações do “atendimento precoce”.

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A verba foi retirada de um investimento total de R$19,9 milhões da campanha publicitária denominada ‘Cuidados Precoce COVID-19’. Nesta campanha, a ex-BBB Flávia Viana recebeu, sozinha, R$11,5 mil, segundo informa os documentos obtidos pela Agência Pública.

Foto: Instagram/ Arquivo Pessoal
Foto: Instagram/ Arquivo Pessoal

Além da ex-BBB e ex-A Fazenda, os outros influenciadores contratados foram João Zoli (747 mil seguidores), Jéssika Taynara (309 mil seguidores) e Pam Puertas (151 mil seguidores).

Foto: Instagram/ Arquivo Pessoal
Foto: Instagram/ Arquivo Pessoal

Os influenciadores digitais foram orientados pelos contratantes da campanha a posar de maneiras diferentes, alguns com a máscara no rosto e álcool gel na mão, outros lavando a mão, e tinham um texto base para divulgar na web.

“Hoje quero falar de um assunto importante, quero reforçar algumas formas de se prevenir do coronavírus. Vamos nos informar e buscar orientações em fontes confiáveis. Não vamos dar espaços para fake news. Com saúde não se brinca. Fiquem atentos! E se identificar algum sintoma como dor de cabeça, febre, tosse, cansaço, perda de olfato ou paladar, #NãoEspere, procure um médico e solicite um atendimento precoce”.

Em resposta à Agência Pública após o pedido de acesso aos documentos pela Lei de Acesso à Informação (LAI),  a Secom esclareceu que, do valor total dos investimentos, R$987,2 mil foram destinados à produção das peças – filmes para TV, spot para rádio, vídeos e banners para internet e peças para mídia exterior – enquanto o valor restante (R$ 18,9 milhões) foi destinado à veiculação e divulgação do material produzido. Não foi esclarecido os gastos com ações de marketing de influência.

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