Em evento no TCU, Guedes fala em estabilizar preço do combustível, mas não cita offshore

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Foto: Divulgaçao / Presidência da República

Em evento promovido pelo Tribunal de Contas da União (TCU), nesta segunda-feira (4), o ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que pretende utilizar ações de empresas estatais, como Petrobras e Pré-Sal Petróleo (PPSA), para a criação de um fundo de estabilização do preço dos combustíveis.

Guedes citou a necessidade de “integralizar” o capital dessas companhias com o fundo, mas sem dar detalhes.

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“Agora, está se discutindo fazer fundo de estabilização. Como é que podemos fazer isso? Podemos integralizar esse fundo de estabilização com ações, por exemplo, da PPSA, com ações que o BNDES venha [ter] da Petrobras”, afirmou o ministro, ao falar da necessidade de o governo precisar de ajuda do TCU na formulação da proposta.

Durante participação no evento, de forma virtual, o ministro da Economia não comentou as notícias de que ele mantém até hoje uma empresa offshore no paraíso fiscal da Ilhas Virgens Britânicas, no Caribe, com patrimônio de US$ 9,55 milhões – cerca de R$ 55 milhões.

Guedes é dono da offshore Dreadnoughts e conta com participação da mulher, Maria Cristina Bolivar Drumond Guedes, e da filha, Paula Drumond Guedes.

De acordo com a série Pandora Papers, a empresa continua ativa e pode ter feito investimentos nos últimos 2 anos. Reportagem do Poder 360 informa que ter uma offshore não é ilegal, desde que a empresa e seu patrimônio tenham sido declarados à Receita Federal.  Já as normas do serviço público e da Lei de Conflito de Interesses indicam que o responsável pela economia brasileira pode ter desrespeitado os procedimentos demandados de altos funcionários do governo federal – o que Guedes nega.

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