Caso Marielle: Advogados de Lessa deixam defesa após delação

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Após cinco anos atuando na defesa do ex-policial militar Ronnie Lessa, os advogados Bruno Castro e Fernando Santana deixaram o caso, nesta quarta-feira (30). A justificativa é que ambos os profissionais são contra o método de delação premiada, acordado pelo investigado junto às autoridades.

– Por ideologia jurídica, nosso escritório não atua para delatores. Nossa indisposição à delação é genérica e pouco importa o crime cometido, quem tenha cometido e/ou contra quem foi cometido – disseram os advogados, em nota.

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Na sequência, Castro e Santana afirmam que sempre deixaram clara as suas considerações sobre o método.

– Não atuar para delatores é uma questão principiológica, pré-caso, e nada tem a ver com qualquer interesse na solução ou não de determinado crime. Para todos os clientes, invariavelmente, sempre deixamos muito claro nossa aversão ao instituto processual da delação premiada. Com Ronnie Lessa não foi diferente. Desde o primeiro contato deixamos claro que ele não poderia contar com o escritório caso tivesse interesse em fechar um acordo de delação premiada – acrescentou.

O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, anunciou, nesta terça-feira (19), que o Supremo Tribunal Federal (STF) homologou delação premiada concedida pelo ex-policial militar Ronie Lessa no inquérito que apura o assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ) e de seu motorista Anderson Gomes. O ato de homologação foi referendado pelo relator do caso no STF, o ministro Alexandre de Moraes.

A colaboração premiada tramita em segredo de Justiça, obviamente este ministro não teve acesso a ela, como é evidente, mas nós sabemos que esta colaboração premiada, que é um meio de obtenção de provas, traz elementos importantíssimos que nos leva a crer que brevemente teremos a solução do assassinato da vereadora Marielle Franco – disse Lewandowski.

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