Bahia vence Ceará nos pênaltis e é campeão da Copa do Nordeste

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Uma pedra que estava no caminho azul, vermelho e branco desde 14 de novembro de 2018, ou, quem sabe, desde 2015. O gosto de triunfo se misturou com vingança na tarde deste sábado (8), em Fortaleza. Com direito a gols de …, o Bahia enfim bateu o Ceará por 2 a 1 no tempo normal, e 4 a3 nos pênaltis e conquistou a Copa do Nordeste pela quarta vez em sua história.

Eram oito jogos seguidos sem saber o que é vencer o time alvinegro. Nos últimos cinco encontros, apenas derrotas para o tricolor. Em 2018, Edigar Junio usou da mística de Raudinei para fazer o gol tricolor e virar aquele placar para 2 a 1, aos 47 do segundo tempo.

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O jogo
O técnico Dado Cavalcanti precisou fazer três mudanças em relação ao time que começou o primeiro jogo. Com Luiz Otávio, Patrick e Nino suspensos, o treinador tricolor foi a campo com Juninho, Jonas e o jovem Renan Guedes como titulares, respectivamente. Já Guto Ferreira também precisou fazer uma mudança por suspensão no meio-campo, com a entrada de Pedro Naressi no lugar de Charles. O treinador do Ceará teve o retorno do lateral Gabriel Dias, que começou no lugar de Buiú neste segundo jogo.

Os dois times mostraram apetite e a busca pelo gol desde o início. O Bahia se utilizou novamente do seu lado direito para buscar os ataques, dessa vez com Renan Guedes. A primeira chegada de maior perigo, no entanto, foi do Ceará. Em cobrança de escanteio aos oito minutos, Oliveira cabeceou no susto, mas a bola foi no cantinho do goleiro Matheus Teixeira, que precisou se esticar todo para evitar o gol cearense.

Aos poucos, o jogo ficou mais pegado e bastante interrompido. As chegadas dos defensores começaram a ficar mais fortes e os cartões surgiram na partida, junto com os ânimos mais acalorados dentro e na beira do campo, nos bancos de reservas. Os atacantes Rossi e Mendoza chegaram a se desentender e tiveram uma discussão, que gerou cartão amarelo para ambos. O tricolor demonstrava dificuldades para criar jogadas, assim como havia ocorrido no primeiro jogo, em Pituaçu.

A primeira chance de perigo do Bahia aconteceu aos 28 minutos. Em contra-ataque com boa troca de passes, Matheus Bahia foi acionado na esquerda, deixou o marcador no chão e chutou de perna direita. Apesar de fraco, o chute levou perigo para o gol de Richard. Dez minutos depois, outra boa trama com Rodriguinho. O camisa dez tabelou com Thaciano e chutou cruzado, perto da trave.

A resposta imediata veio com Mendoza, que deu belo chute de esquerda, que passou perto. A trocação continuou na partida, que ganhou momentos de intensidade. Thaciano apareceu dentro da área e soltou duas bombas seguidas, ambas em cima e defendidas pelo goleiro Richard. O arqueiro ainda defendeu um chute de Rodriguinho no lance seguinte. No contra-ataque, Vina saiu de cara para o gol e chegou a driblar Matheus Teixeira, mas perdeu ângulo e a jogada terminou com defesa do goleiro tricolor.

Virada e lei do ex (de novo)
O ritmo frenético que acabou o primeiro tempo esfriou no intervalo. A segunda etapa começou parecida com a primeira, aos poucos, o Bahia buscou pressionar o Ceará, em busca de um gol que daria a igualdade no placar agregado. Aos 13 minutos, uma bola na área é desviada por Gilberto e toca na mão do zagueiro Luiz Otávio, dentro da área. O árbitro Denis da Silva Ribeiro Serafim foi chamado pelo VAR e marcou o pênalti. Na bola, Rodriguinho. O capitão tricolor deslocou Richard e abriu o placar para o Esquadrão.

O momento psicológico do jogo mudou com o tento marcado por Rodriguinho. Sete minutos depois do gol, o criticado Gilberto recebeu bola de Rodriguinho em bom contra-ataque do Bahia pelo lado direito. O número nove limpou para o meio e, de perna canhota, chutou cruzado para vencer o goleiro Richard e colocar o Esquadrão em vantagem no Castelão.

Pela primeira vez a frente do placar nos 180 minutos, Dado Cavalcanti buscou dar mais consistência ao meio-campo tricolor, e sacou Thaciano para colocar Lucas Araújo e, assim, reforçar a marcação. Pouco depois, Dado reforçou sua ideia, ao promover a entrada de Edson no lugar de Daniel. Guto Ferreira respondeu, com as entradas de Jael, carrasco do primeiro jogo, e Cleber, grande algoz da final de 2020.

As alterações de Guto deram resultado com apenas oito minutos. Jael, de novo ele, testou firme aos 38 minutos após cruzamento de Marlon para vencer Matheus Teixeira e descontar para o Ceará. Dois minutos depois, ele ainda teve uma falta frontal, mas Mendoza pegou a bola para bater e acertou a barreira. Na sobra, o próprio Jael isolou.

Ficou claro que a estratégia do Vozão seria a bola aérea. Aos 48 minutos, a última chance: Cleber cabeceou a bola após escanteio, mas ninguém completou na segunda trave.

Nos pênaltis, Rodriguinho fez para o Bahia e Lima para o Ceará. Na segunda bola, Galdezani converteu e Matheus Teixeira brilhou, pegando a cobrança de Jorginho. Richard cresceu para cima de Thonny Anderson e pegou a cobrança dele. Para sorte do atacante tricolor, Marlon chutou para fora. Lucas Araújo converteu e colocou novamente o Bahia na frente: 3 a 2. Na última do Vozão, Fernando Sobral converteu, mas não foi suficiente. Conti fez e título para o Esquadrão.

FICHA TÉCNICA

Ceará 1(3)x(4)2 Bahia – final da Copa do Nordeste

Bahia: Matheus Teixeira, Renan Guedes, Conti, Juninho e Matheus Bahia; Jonas (M. Galdezani), Thaciano (Lucas Araújo) e Daniel (Edson); Rossi (Óscar Ruíz), Rodriguinho e Gilberto (Thonny Anderson). Técnico: Dado Cavalcanti.

Ceará: Richard, Gabriel Dias (Cleber), Messias, Luiz Otávio e Bruno Pacheco; Pedro Naressi (Fernando Sobral), Oliveira (Marlon) e Vina (Jorginho); Mendoza, Lima e Felipe Vizeu (Jael). Técnico: Guto Ferreira.

Estádio: Arena Castelão, em Fortaleza (CE)
Gols: Rodriguinho aos 18 minutos, Gilberto aos 25, Jael aos 38 do 2º tempo
Cartão amarelo: Juninho, Rossi, M. Galdezani, Daniel, Lucas Araújo; Lima, Mendoza
Arbitragem: Denis da Silva Ribeiro Serafim, auxiliado por Esdras Mariano de Lima Albuquerque e Brigida Cirilo Ferreira.

Fonte: Correio

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