Após miliciano infiltrado no Rio, presidente do Psol-BA diz que Bahia tem ‘maior fragilidade’

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Foto: Reprodução / WhatsApp

Após vir a público a informação de que um miliciano se infiltrou no Psol no Rio de Janeiro, em 2016, para monitorar os passos de Marielle Franco antes da execução da vereadora, o presidente do partido na Bahia, Ronaldo Mansur, apontou “omissão” da antiga direção nacional e afirmou que a sigla no estado é mais vulnerável que no Rio.

“Na Bahia, temos um maior ponto de fragilidade, maior que o PSOL RJ. As disputas internas e a omissão da nossa direção nacional anterior colocou uma enxurrada de mais de 20 mil filiações num período de três meses, cujas mesmas foram para uma comissão de verificação sem nenhuma qualificação dos agentes para tal”, disse o dirigente partidário ao bahia.ba, nesta terça-feira (26), ao comentar eventual imprudência da sigla que possa ter contribuído para a entrada de criminosos na legenda.

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Mansur destacou também que ainda não há uma política de segurança dentro da sigla, mas assegurou que ela será elaborada na Bahia “porque há certos conflitos que dirigentes e militantes estão na linha de frente e lutando contra pessoas que têm grana, dinheiro, para ousar fazer seus caprichos e colorir o chão de vermelho”.

Ao apontar o crescente número de homicídios sem uma ampliação do efetivo de agentes de segurança, o presidente do Psol baiano afirmou que dirigentes e militantes “estão jogados à sorte”. “Essa é a realidade, mas iremos iniciar na Bahia, uma filtragem”, reafirmou.

Apesar das críticas contundentes relativas ao cenário local, Ronaldo Mansur classificou os correligionários fluminenses como “heróis” por desafiarem a criminalidade e a omissão das instituições.

“No RJ é complicado termos uma linha de filtragem de filiados que nos dê 100% de certeza se são ou não milicianos ou outros tipos de agentes do crime. Os camaradas do PSOL RJ são heróis em construir num estado loteado pelo crime e uma ausência do Estado surreal”, avaliou o presidente do Psol-BA, segundo qual as disputas internas existentes no partido acabam “abrindo brechas para pequenas infiltrações”.

“Às vezes achamos que o mal pode bater na porta do vizinho, não na nossa porta”, pontuou Mansur, que vê a necessidade do PSol-RJ “discutir uma política de filiações que garanta mais segurança a todas e todos” e afirma que os dirigentes da Bahia “saberão conduzir esse processo”.

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