Advogados de Jair Bolsonaro pedem que STF anule a Operação Tempus Veritatis

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Foto: Reprodução/Redes Sociais (@jairbolsonaro)

Os advogados que defendem o ex-presidente da República Jair Messias Bolsonaro (PL) apresentaram na quinta-feira (18) ao Supremo Tribunal Federal (STF), em nome do partido Progressistas, uma ação para anular a Operação Tempus Veritatis, deflagrada em fevereiro por ordem do ministro Alexandre de Moraes, na qual a Polícia Federal (PF) mirou o núcleo duro do golpismo no governo Bolsonaro. A informação é da coluna de Guilherme Amado no Metrópoles. A operação da PF atingiu o próprio Bolsonaro, os ex-ministros Augusto Heleno, Walter Braga Netto, Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira e Anderson Torres, o ex-comandante da Marinha Almir Garnier, além de militares da ativa e da reserva, que teriam atuado para executar um golpe de Estado após a derrota do ex-presidente na eleição de 2022.

A coluna de Amado aponta que a ação apresentada pelos advogados de Bolsonaro ao STF, sob procuração do PP, é uma Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF). Partidos políticos com representação no Congresso estão entre os poucos órgãos e autoridades que podem postular esse tipo de ação ao Supremo.

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Antes de protocolar a ADPF, conforme mostrou a coluna de Guilherme Amado, os defensores do ex-presidente já haviam apresentado outras duas ações semelhantes ao Supremo em nome do PP, buscando anulação de investigações contra Bolsonaro conduzidas por Moraes. Uma delas, que pretendia anular a apuração do caso do desvio de jóias do acervo presidencial, já foi rejeitada pela ministra Cármen Lúcia. A outra, que quer ver derrubadas as provas obtidas pela PF com o ex-ajudante de ordens presidencial e delator Mauro Cid, está no gabinete do ministro Dias Toffoli, ainda sem decisão dele.

O Metrópoles ainda destaca que na nova ADPF apresentada ao STF, ainda sem relator definido, a equipe de advogados que inclui Paulo Amador da Cunha Bueno, Fabio Wajngarten e Daniel Bettamio Tesser, defensores de Bolsonaro, repete as mesmas alegações dos pedidos anteriores. Eles argumentaram que a Operação Tempus Veritatis, deflagrada a partir de uma petição instaurada por Alexandre de Moraes, é um inquérito “travestido”, aberto sem que tenha havido pedido da Procuradoria-Geral da República. Assim, as investigações tramitariam sem os devidos controles previstos em lei aos inquéritos, em um quadro de desrespeito aos princípios do devido processo legal e da ampla defesa.

Embora a PGR tenha se manifestado quanto aos pedidos da PF na Tempus Veritatis, concordando com medidas cautelares e prisões preventivas contra alvos da operação, os advogados alegaram ao STF que isso não se confunde com um pedido formal de instauração de inquérito,acrescenta o Metrópoles.

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