CPMI aprova relatório que pede o indiciamento de Bolsonaro

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Com 20 votos a favor e 11 contrários, a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de janeiro aprovou o relatório da senadora Eliziane Gama (PSD-MA) que pede o indiciamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e de outras 60 pessoas.

A base governista loteada na CPMI de forma estratégica, conseguiu votos suficientes para derrotar a oposição que questiona as teses levantadas pelo relatório de Eliziane.

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Entre os apoiadores da relatora está o senador Rogério Carvalho (PT-SE). Para ele, o documento fornece subsídio às instituições para que os 61 indiciados respondam por associação criminosa, abolição violenta do Estado democrático de direito e golpe de Estado.

O deputado Rogério Correia (PT-MG) celebrou que há amparo do Supremo Tribunal Federal (STF) e da Procuradoria-Geral da República (PGR) para que não haja anistia para os indiciados, caso sejam condenados.

– Seu relatório, senadora Eliziane, está sendo atacado porque coloca exatamente o dedo na ferida, explicando o que é o núcleo duro [dos atos antidemocráticos]. Pela primeira vez, peixes grandes não serão anistiados no nosso país a partir de uma tentativa de golpe – disse o parlamentar mineiro.

OPOSIÇÃO QUESTIONA MÉTODOS DA CPMI
Os parlamentares que apoiaram o relatório de Eliziane Gama não assinaram o pedido de instalação da CPMI. O deputado federal Filipe Barros (PL-PR) falou em seu último discurso sobre a participação da “Bancada do Maranhão”, deputados e senadores do estado do ministro Flávio Dino que foram inseridos na Comissão e durante todo o trabalho evitaram convocar pessoas ligadas ao governo Lula.

O senador Esperidião Amin (PP-SC), chegou a dizer que a CPMI foi “sequestrada” pela base governista. Ele ainda questiona a falta de indiciamento do general Gonçalves Dias, ex-GSI de Lula, que não foi incluído no relatório.

– Esta CPMI, [foi] sequestrada, sim, pelo governo. Eu duvido que se apresente aqui alguém do governo que pediu a CPMI, que requereu, mas tomaram conta. Conseguem aprovar um relatório, mas a verdade vai aflorar. Esta omissão grotesca, continuada, perspicaz e, lamentavelmente, acolhida pelo relatório, anistiando o ex-Chefe do GSI e o Ministro da Justiça, Flávio Dino, que não cumpriu com seu dever, mesmo advertido a tempo, isso não vai ficar assim – disse o parlamentar.

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