A Polícia Federal sugeriu falta de coerência e ausência de ímpeto da Procuradoria-Geral da República (PRG) em investigação que apura atos antidemocráticos e mira aliados do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
Segundo a coluna Painel, da Folha de S.Paulo, o último atrito entre os órgãos, exposto nos papéis, girou em torno do pedido da autoridade policial de busca e apreensão na casa de Fabio Wajngarten, ainda secretário de Bolsonaro, e na Secretaria de Comunicação.
O argumento da PF se refere ao fato de a PGR, chefiada por Augusto Aras, ter solicitado dias antes buscas contra deputados, ativistas, jornalistas e apoiadores do presidente, mas ter sido contra as ações na Secom e em cima de Wajngarten.
A leitura na polícia é a de que a procuradoria diminuiu o ritmo pela proximidade dos alvos com o Palácio do Planalto.
Um novo atrito teria surgido. Desta vez, segundo informações de bastidores, a disputa é sobre o relatório entregue pela Polícia Federal em dezembro com o resumo das diligências. A PGR entende que a delegada não encontrou provas dos crimes investigados. A polícia entende que não avançou sobre uma parte, até por falta de apoio da procuradoria, e que há outros elementos a ser investigados.