O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Dias Toffoli, determinou nesta quinta-feira (9) aos procuradores da operação Lava Jato que enviem à Procuradoria-Geral da República (PGR) todos os dados de investigações já colhidos.
A decisão vale para as forças-tarefas de Curitiba, do Rio de Janeiro e de São Paulo. A medida representa uma importante derrota para os investigadores na primeira instância.
Toffoli atendeu pedido da PGR, que relatou ao Supremo que tem enfrentado “resistência ao compartilhamento e à supervisão de informações” dos procuradores da República.
A procuradoria-geral ainda relatou ao STF que há suspeita de a Lava Jato estar burlando a lei para investigar o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, e do Senado, Davi Alcolumbre, que têm foro privilegiado e deveriam ter eventuais suspeitas submetidas à análise inicial da Corte Suprema.
A disputa entre a cúpula da Procuradoria Geral e a força-tarefa tornou-se pública após visita a Curitiba, da desembarga dora Lindora Araújo, coordenadora da Lava Jato, na PGR e uma da s principais auxiliares de Augusto Aras, procurador-geral da República.