Tenente Benjamin fala sobre eleições em São Miguel das Matas

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Findado o processo eleitoral no primeiro turno, nossa equipe de reportagem conversou com o Tenente Benjamin, uma das lideranças políticas que participou da equipe de coordenação de campanha do prefeito Baleia, em 2020.

Ele falou acerca do resultado das eleições e dos vários candidatos a deputado no município:

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“A multiplicidade de candidatos a deputado estadual e federal apoiados por diversos grupos e lideranças políticas nas eleições de São Miguel este ano foi um fato novo que tem lados positivo e negativo. Ao mesmo tempo que é bom para o surgimento de novas lideranças políticas no município, demostrando independência dos caciques políticos locais, é ruim porque a fragmentação da votação impede que os candidatos eleitos tenham uma votação significativa, o que os leva a não se sentirem obrigados a retribuir a votação recebida com obras e investimentos no município. O compromisso que eles têm é com as lideranças que o apoiaram e não com a população miguelense”.

Em relação à votação obtida pelos candidatos a presidente e governador, ele falou que não se sentiu surpreso:

“O ex-presidente Lula sempre teve apoio maciço no Nordeste e na Bahia. Historicamente a população miguelense, constituída em sua maioria por pretos, pardos e pessoas da classe trabalhadora, principalmente agricultores e trabalhadores rurais, sempre deu uma votação significativa a Lula e aos governos petistas de Jaques Wagner e Rui Costa, que sempre desenvolveram políticas públicas voltadas para esses setores, então, era de se esperar que a tradição fosse mantida. Quem apostou diferente por teimosia ou fanatismo não foi feliz na escolha”.

Quanto ao segundo turno nos planos federal e estadual, ele disse acreditar que os cenários do primeiro turno sejam mantidos e vê como difícil, embora não seja impossível as chances de reversão por parte de Bolsonaro e ACM Neto.

Ele finalizou dizendo que no plano municipal continua com as mesmas posições:

“Por ter apoiado a candidatura do deputado Dal e o PT, algumas pessoas têm me perguntado se me aliei a oposição municipal e se tive um rompimento com o prefeito Baleia. Com muita tranquilidade tenho respondido que não me vejo como liderança política, sou tão somente um eleitor e participei do grupo de coordenação de campanha do prefeito Baleia em 2020 porque entendi que o município precisava de uma alternância de poder. Mas não fiz, nem faço parte da sua equipe de governo, o qual tem erros e acertos como todos os governos anteriores tiveram. Concordo com algumas das suas decisões e discordo de outras e isso é natural da Democracia.

Mas, em nenhum momento passei a integrar qualquer um dos grupos de oposição no município, com os quais tenho divergências pessoais ou políticas. Minha relação com Dal é uma relação de amizade que vem de longas datas. Somos conterrâneos e amigos de infância. E meu apoio ao ex-presidente Lula é histórico, desde 1989 quando votei pela primeira vez. Mas, mesmo que não fosse Lula, eu estaria no campo oposto ao atual presidente, pois o campo da direita nunca esteve do lado que defende a classe operária”. Finalizou.

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