A presença da facção carioca Comando Vermelho na Bahia foi descartada pelo secretário de Segurança Pública da Bahia, Maurício Barbosa, nesta quinta-feira (3). O titular da SSP-BA reconheceu que um grupo criminoso instalado no Nordeste de Amaralina, bairro da capital baiana, tem se intitulado com um nome de uma facção do Sudeste. Mas segundo Barbosa, essa é uma estratégia para se engrandecer e afetar outros grupos criminosos do estado.
“De fato ela vem usando essa estratégia [de mudar de nome], como forma de manter determinado engrandecimento perante outras facções, como se ela tivesse de fato trazendo pessoas de fora”, disse o secretário.
Ainda conforme Mauricio Barbosa, a relação das facções instaldas na Bahia com os grupos do Rio de Janeiro e São Paulo são no sentido de aquisição das drogas.
“Não temos presença de pessoas do Rio de Janeiro aqui”, garantiu o titular da Segurança.
Barbosa também ressaltou que a SSP tem feito um trabalho incessante com as inteligências de outras secretarias e da Polícia Federal, “para desmantelar as organizações da Bahia, sejam elas intituladas como for”.
Ele ainda chamou a atenção para o impacto de medidas adotadas na pandemia que interferiram no trabalho da Secretaria de Segurança Pública. “Ao longo desse ano muitas lideranças foram colocadas em liberdade e isso alterou muito o panorama criminal no estado como um todo”, analisou.