O ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), Fabrício Queiroz, depôs no âmbito da investigação que apura o esquema das “rachadinhas” na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). Depois de 19 meses desde a primeira convocação pelo Ministério Público do estado, Queiroz prestou depoimento na quarta-feira (15).
Apontado como operador financeiro do esquema no gabinete de Flávio quando ainda era deputado estadual, ele foi ouvido por promotores do Grupo de Atuação Especializada no Combate à Corrupção (Gaecc).
De acordo com informações do jornal O Globo, a defesa de Queiroz evitou comentar o teor do depoimento, já que a investigação corre sob sigilo. No ano passado, por escrito, o ex-assessor admitiu que ficava com parte dos salários de alguns assessores para que outros funcionários fossem contratados fora do gabinete, sem registro na Alerj. A prática é considerada ilegal.
Queiroz foi notificado para prestar depoimento em 29 de novembro de 2018, com data prevista para comparecimento em 4 de dezembro do mesmo ano. Desde então, segundo O Globo, ele tem pedido adiamento da oitiva por meio dos seus advogados.
Depois da manifestação por escrito, Queiroz passou a não responder mais às convocações do Ministério Público. Também no ano passado ele foi internado no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, para tratar um câncer e não foi mais visto publicamente desde então.
Em junho deste ano, o ex-assessor de Flávio Bolsonaro foi preso no sítio de Frederick Wassef, advogado do senador, em Atibaia. A polícia cumpriu ordem de prisão preventiva expedida pela Justiça do Rio de Janeiro. Atualmente, Queiroz cumpre prisão domiciliar.