Por 105 votos a favor, 19 contra e 4 abstenções, o Congresso peruano decidiu pelo afastamento de Martín Vizcarra da Presidência do país.
A decisão teve como base o artigo 113 da Constituição, declarando-o então com “incapacidade moral” de continuar no posto. Não há espaço para apelação, e Vizcarra, 57, que não tem partido nem bancada, já não é mais o presidente.
Com isso, quem assume é o líder do Congresso, Manuel Merino, que integra o partido de centro-direita Ação Popular. Ele deve ocupar a Presidência até julho do próximo ano. As eleições de 2021 ocorrerão no dia 11 de abril.
O processo de impeachment contra Vizcarra foi desencadeado pela divulgação de gravações nas quais o presidente aparece pedindo a assessoras que mintam em um inquérito sobre a relação dele com um ex-colaborador.
O caso explodiu em maio, quando a imprensa descobriu que o Ministério da Cultura havia oferecido contratos supostamente irregulares de US$ 10 mil (R$ 53 mil) ao cantor e compositor Richard Cisneros, cujo nome artístico é Richard Swing.
Ele também enfrenta acusações de ter recebido subornos de construtoras durante o período em que era governador de Moquegua, entre 2013 e 2014. As informações são da Folha de S.Paulo.