As investigações da Polícia Federal apontaram que o número de pessoas enganadas pela falsa enfermeira em Belo Horizonte, capital de Minas Gerais, pode ser superior a 2 mil. Conforme o órgão nesta quarta-feira (7), exames realizados em algumas pessoas comprovam que elas não foram vacinadas com nenhum imunizante contra o novo coronavírus.
Segundo o delegado Rodrigo Morais, algumas pessoas que procuraram os “serviços” de Cláudia Mônica Pinheiro Torres, cuidadora de idosos que se passava por enfermeira, já realizam exames laboratoriais, que comprovaram que eles não possuem o reagente para o anticorpo IGM, nem para o IGG.
A PF afirmou ainda que a suspeita já atuou em uma clínica de vacinas, com uma carteira falsa do Conselho Regional de Enfermagem do Rio de Janeiro.
Entenda
Em março deste ano, uma reportagem da revista Piauí denunciou que políticos e empresários do setor de transporte de Minas Gerais foram vacinados às escondidas com vacinas supostamente compradas com a Pfizer/BioNTech. As duas doses teriam custado R$ 600 para cada uma das cerca de 50 pessoas que foram vacinadas.
Apesar da denúncia, a Pfizer negou que tenha vendido ou distribuído o imunizante no Brasil fora do Programa Nacional de Imunização (PNI).
Durante as investigações, a Polícia Federal apreendeu as doses da suposta vacina com a cuidadora de idosos Cláudia Mônica Pinheiro Torres, que fingiu ser enfermeira. Testes comprovaram que o material apreendido se tratava de soro fisiológico.