A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) tornou a dar esclarecimentos sobre a polêmica suposta “depredação” dos móveis do Palácio do Alvorada, conforme acusações veladas da atual primeira-dama Janja da Silva. Michelle afirma que ao chegar na residência Presidencial em 2019, já havia um estado de deterioração.
As declarações foram dadas em entrevista a Daniela Lima, da CNN Brasil, nesta segunda-feira (17). Segundo Michelle, se ela soubesse das acusações que viriam, “teria filmado” o estado dos móveis em 2019.
– Quando nós chegamos, o mobiliário já estava tão desgastado a ponto de que, se você sentasse, o estofado saia inteiro na sua roupa – disse, citando uma poltrona alaranjada “impossível de usar”, pois ao sentar a roupa ficava manchada.
Michelle relatou que foi preciso até mesmo a contratação de costureiras para remendar as toalhas utilizadas em eventos. O enxoval de cama era da época da gestão de Fernando Henrique Cardoso, que deixou o poder em 2003.
– Me acusam de furto, mas o que faltou foi uma transição – apontou a ex-primeira-dama.
– Se tivesse tido uma troca, uma conversa, não haveria dúvidas sobre onde estava e qual o estado do mobiliário do Palácio quando nós chegamos – emendou.
Michelle voltou a frisar que os móveis do Alvorada se encontram em depósitos, e que ela passou a utilizar a própria mobília a partir do segundo semestre de 2019, quando a mudança chegou. Ela explicou que recebeu orientação de uma pessoa de confiança para que não comprasse nada novo, sob o risco de ser acusada de ter “saído de Ceilândia para comprar lençol de seda e viver no luxo em Brasília”.