Lula diz que eleições não serão fáceis e que militância ‘não pode descansar’

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O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta sexta-feira (5) que as eleições de outubro não serão fáceis, rejeitou o clima de “já ganhou” e disse que a militância não pode descansar.

“Sei que não é uma eleição fácil, que já está ganha. E se vocês quiserem realmente mudar esse país, nós temos 59 dias durante os quais a gente não pode descansar nem um dia. É preciso desfazer a fábrica de mentiras montada por eles por meio do WhatsApp, das fake news”, afirmou Lula.

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O petista também disse que sua chapa, com o ex-governador Geraldo Alckmin (PSB), tem muita experiência para oferecer ao país. “Não falta ao presidente e ao vice experiência para tentar tirar esse país do lamaçal em que ele se encontra e colocar esse país outra vez no berço da democracia”.

Lula participou de ato em defesa do SUS (Sistema Único de Saúde), em São Paulo, nesta sexta, data em que é celebrado o Dia Nacional da Saúde. Ele leu o discurso, fazendo intervenções fora do roteiro.

O ex-presidente voltou a afirmar que não terá teto de gastos num eventual governo e que as áreas de educação e saúde não podem ser consideradas gastos.

“Teto de gastos não foi criado para não pagar banqueiro. Foi criado para que se evitasse aumento na saúde, na educação, no transporte público. Não sou de rasgar nota de R$ 10 e de dizer coisas que não acredito. Não terá teto de gastos no nosso país”.

O petista também teceu uma série de críticas ao governo de Jair Bolsonaro (PL) devido à condução do combate à pandemia de Covid-19. Lula afirmou que o atual presidente “espalhou na cabeça de muita gente uma visão negacionista, anticientífica e antivacina” e que isso gerou um “estrago incalculável”.

Lula também afirmou que é preciso reconstruir o pacto nacional pela saúde pública de qualidade que foi “quebrado pelo golpe de 2016” e, segundo ele, transformado por Bolsonaro “num verdadeiro caos, irrigado pelo dinheiro do orçamento secreto, fonte do maior esquema de corrupção da história desse país”.

O candidato disse ainda que a fome é um problema do governo. “Fome não é falta de produção, é falta de vergonha na cara dos que governam esse país.” Ele também criticou a condução de agências reguladoras e afirmou que “decisões de políticas públicas são do governo” e que agências “só têm que regular”.

“Vale para o que está acontecendo com a Anvisa agora. Estamos vendo. As pessoas não querem fazer efetivamente o que o Estado precisa. Muitas vezes é decisão pessoal, de grupos com interesses econômicos. E isso nós vamos primar, porque a saúde vai ser pública de verdade”, disse ele.

Na fala, o ex-presidente resgatou propostas implementadas nos governos petistas na saúde e lamentou o fim da CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira).

“Lembro quando a direita resolveu em 2006 acabar com a CPMF e tirar da saúde praticamente R$ 40 bilhões. Eu tinha assumido o compromisso que, se aprovada a CPMF, todo o dinheiro seria destinado ao SUS. “Mesmo assim, na perspectiva de me prejudicar, resolveram tirar e durante aquele ano não tivemos mais a CPMF no SUS”.

O petista também afirmou que numa eventual gestão vai “recuperar e ampliar” o Mais Médicos, além de reconstruir o Farmácia Popular e fortalecer o Samu. Também participaram do evento Aloizio Mercadante, coordenador do plano de governo da chapa Lula-Alckmin, os deputados Alexandre Padilha (PT-SP) e Jandira Feghali (PCdoB-RJ) e os senadores Fabiano Contarato (PT-ES) e Humberto Costa (PT-PE).

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