‘Estou muito confiante’, diz Delegado Dr.Thiago após descoberta de câncer; veja entrevista completa

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Participação em operações importantes?

Sim. Estamos integrando sempre as operações de destaque dentro da Polícia Civil, tendo como exemplo as operações em conjunto denominadas Unum Corpus, com atuação direta no interior do Estado, bem como as operações individuais em cada cidade de atuação, como as recentes “Narco Itatim (2020), Playboys de Iaçu (2023) e” Olho Mágico em Milagres (2023).

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Qual o principal conselho que um policial precisa ouvir no começo de uma carreira?

Eu costumo dizer que o sentimento heroico, apesar de louvável, não reflete a realidade do dia a dia policial. Em que pese o interesse pela atividade operacional seja o sonho cinematográfico dos que almejam a entrada na corporação, a verdade é que antes de qualquer coisa o policial é um trabalhador, que integra uma categoria profissional, com deveres, mas também tem direitos, dentre eles o de permanecer vivo depois de uma operação e de ter sua saúde mental em dia para se manter equilibrado em um cotidiano extremamente desgastante. Então, a dica seria filtrar as informações que chegam no início da carreira, para criar maturidade policial, não deixar de estudar e colocar a sua saúde mental em primeiro lugar.

Família e Agradecimentos?

Se eu já colocava minha família em primeiro lugar, hoje, passando pelo processo que estou passando, coloco ainda mais! Devo tudo aos meus pais, que deixaram muitas vezes de viver a vida deles para que eu tivesse a oportunidade de crescer profissionalmente e como pessoa. Família é a base de tudo, é quem realmente vai estar lá com você nos momentos difíceis. Meus agradecimentos vão inteiramente aos meus pais, à minha família e a todos os amigos, em especial aos queridos moradores das cidades de Itaberaba, Iaçu, Milagres e Itatim que não param de me mandar mensagens positivas e de carinho.

O preparo psicológico para arriscar a vida todos os dias?

É como eu falei, a saúde mental precisa estar à frente do desafio heroico policial. Policiais são em regra crucificados como responsáveis por resolver problemas sociais que não são de sua alçada. A pobreza, a miséria, a desigualdade, o vício, essas questões não podem ser depositadas na conta da polícia. Não somos capatazes de ninguém, a Polícia é uma instituição de Estado, constitucionalmente democrática e seus servidores precisam ser respeitados. É preciso garantir dignidade humana aos policiais e proteger sua integridade, a exemplo da sua saúde mental. Sem isso, teremos sempre servidores doentes e culturalmente impacientes, em decorrência de uma cobrança inadequada, ilegítima e desproporcional. Todo policial precisa ter tempo para operar em campo, mas precisa ter tempo para estar descansando com sua família.

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