Eduardo Carlos de Oliveira Franke: Arquitetura em tempos de pandemia

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Eduardo Carlos de Oliveira Franke

A chegada avassaladora do COVID-19 já tem um grande impacto no sistema de saúde mundial e cabe a cada um de nós descobrir qual é o nosso papel como agentes fundamentais no combate à esse vírus. De acordo com o arquiteto e urbanista Eduardo Carlos de Oliveira Franke, todos nós aprendemos diariamente sobre medidas essenciais como a importância do distanciamento social, melhoria da higiene e entendimento do nosso próprio impacto na sociedade como um todo, mas há ainda diversas oportunidades a serem exploradas, enfatiza Eduardo Franke.

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Arquitetos da saúde serão peças chaves nesse momento onde todas as estruturas hospitalares terão que abruptamente multiplicar a sua capacidade de atendimento. Isso demandará a aplicação inteligente de diversas estratégias, algumas das quais serão discutidas abaixo.
· Gestão Estratégica – Estruturas hospitalares são extremamente resistentes à mudanças rápidas devido ao seu alto grau de complexidade.

Portanto a gestão estratégica nesse momento será primordial para que qualquer plano seja colocado em prática de maneira resolutiva e eficiente.

· Identificação de áreas desocupadas – Áreas desocupadas são as que possibilitam ocupação rápida e imediata, por tanto são consideradas como principal ponto de partida.
· Identificação de áreas flexíveis – Áreas flexíveis provavelmente estarão sendo utilizadas para outras funções, como reuniões, administração, exames, exigindo relocações e planos de contingencia, mas são essenciais para expansão da capacidade de atendimento.
· Identificação de áreas externas – Todas as áreas externas podem ser avaliadas como potencial de expansão através da adaptação de seu uso e utilização de estruturas temporárias de rápida instalação.
· Identificação de estruturas hospitalares desativadas – Se a avaliação de todas as possibilidades de crescimento dentro da área já construída e existente no complexo não forem suficientes para atender a demanda, será necessário investigar outros edifícios que possam oferecer esse aumento de capacidade de atendimento. Estruturas hospitalares desativadas, quando disponíveis, podem ser soluções eficientes.
· Identificação de estruturas não hospitalares – A utilização de edifícios que não tenham sido programados originalmente para o uso hospitalar é uma alternativa que muitas regiões terão que considerar. Estruturas como escolas e universidades, que já estão desocupadas diante desse cenário, devem também ser avaliadas.
· Parcerias – parcerias criativas podem ser a reposta para muitos dos problemas que ainda vamos enfrentar. O entendimento de urgência e de coletivo que a essa nova realidade trouxe, será um facilitador para a implantação de soluções inovadoras.
· Tecnologia – Esta é a grande arma que temos na atualidade e que ainda não utilizávamos em todo seu potencial. Casos que não demandam hospitalização, mas sim atendimento, vão tirar cada vez mais proveito de ferramentas como a Telemedicina e o Home Care.

Eduardo Carlos de Oliveira Franke é enfático ao dizer que na crise também grandes oportunidades surgem. Novas chances de aprender, de reinventar, de melhorar e principalmente inovar. Tópicos há muito tempo discutidos, como a importância da flexibilidade no ambiente hospitalar construído, talvez apareçam como itens essenciais das próximas sessões de planejamento. Há sem dúvida muitas lições que devem ser aprendidas e cada um de nós exerce um papel fundamental nessa batalha.

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