O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), falhou no seu plano de assumir o poder do partido nacionalmente já a partir de maio e permanecer como presidente da sigla até as eleições de 2022. A manobra política do tucano foi vista internamente como uma maneira dele se garantir como presidenciável em 2022 ao mesmo tempo em que aparece uma concorrência interna que é o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB).
A derrota de Doria veio após comandantes dos diretórios estaduais do PSDB divulgarem uma carta em que expressam o desejo da prorrogação do mandato do presidente nacional do partido, o ex-deputado federal Bruno Araújo (PE), na noite desta quarta-feira (10). Nesta quinta-feira (11), outra derrota para Doria pode acontecer. Deputados do partido irão se reunir com Eduardo Leite para tentar convencê-lo a se lançar como pré-candidato à presidência da República.
Desde a eleição de 2018, Doria era visto como o único candidato possível pelo PSDB em 2022, e com isso, o tucano adotou a estratégia de fazer uma forte oposição ao presidente Jair Bolsonaro. Mas as movimentações do governador paulista foi mal visto por correligionários, após a tentativa de expulsar Aécio Neves (MG) da legenda e atrair Rodrigo Maia (RJ). À CNN, Leite disse que Doria “deve construir liderança, não pode se impor no comando do PSDB”.
