Uma mudança no sistema do Ministério da Saúde feita há três semanas ainda causa problemas no registro de casos de Covid-19 de pelo menos 10 estados do país. É o que mostra um levantamento feito pelo consórcio de veículos de imprensa, formado por g1, O Globo, Extra, Folha, Estadão e UOL, com base nas informações das secretarias estaduais de Saúde.
Balanços divulgados pelo consórcio têm sofrido várias distorções nas últimas semanas, como o represamento de casos e correções de dados já publicados. A alteração no sistema que centraliza os dados de casos de Covid-19, o e-SUS Notifica, foi feita no dia 8 de setembro.
Antes da mudança, a média móvel de casos vinha com tendência de queda, permanecendo assim por vários dias. Quando os estados começaram a corrigir as falhas de registro, a média de casos voltou a subir.
Em nota, o Ministério da Saúde informou que “o sistema e-SUS está estável e não há relatos de novas ocorrências”.
Segundo especialistas, os problemas de registro prejudicam o acompanhamento dos números da doença no Brasil.
Com a atualização, o Ministério da Saúde passou a exigir mais informações que alteraram a maneira de preencher os dados e nem todos os estados conseguiram se adaptar rapidamente.
Os estados que dizem que ainda não conseguiram normalizar a situação são: Acre, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Piauí, Paraná e São Paulo.
Já Amazonas, Rio de Janeiro, Rondônia, Roraima, Rio Grande do Sul e Santa Catarina afirmam que a situação já foi restabelecida.
Alagoas, Amapá, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Norte e Sergipe não responderam aos questionamentos.
Os únicos estados que dizem não terem sido afetados pela mudança no sistema do ministério são: Goiás, Espírito Santo, Maranhão, Mato Grosso, Pernambuco e Tocantins.