O presidente Jair Bolsonaro está sendo pressionado pela ala militar do Palácio do Planalto e pelo centrão a escolher o sucessor do ministro interino da Saúde, Eduardo Pazuello.
No final de semana, o membro da Suprema Corte disse que o Exército estava se associando a um “genocídio”, ao manter Pazuello em meio à pior crise sanitária vivida em todo o mundo. O Ministério da Defesa reagiu e prometeu acionar a Procuradoria-Geral da República (PGR). Até mesmo o vice-presidente Hamilton Mourão cobrou pedido de desculpas do ministro, caso ele tenha “grandeza moral”.
No entanto, militares ligados a Jair Bolsonaro pressionam pela substituição de Pazuello para que não haja associação entre a gestão da Saúde e o Exército. O prazo para o general permanecer no governo é agosto.
Segundo o ‘O Globo’, Pazuello tem dito a aliados que já está de saída do ministério e que quer voltar à carreira militar para se aposentar como general quatro estrelas.
Além da pressão militar, líderes do centrão também têm pedido a substituição de Pazuello. Os parlamentares se desentenderam com o ministro interino, após a publicação de portaria que distribui a verba do coronavírus para municípios.