A cantora Mara Ribeiro, que já teve Covid, questiona a categoria ser a única a não ter retornado com as atividades normais .
Com as atividades paralisadas desde março por conta da pandemia da Covid-19, a classe artística de Santo Antônio de Jesus se posiciona contra o decreto do governo do estado que proíbe realização de eventos.
Numa entrevista à Rádio Clube nesta segunda-feira (7), DJ Ferrari comentou que foi a classe mais afetada pela pandemia, “Muitos colegas trabalham a noite para comprar o alimento no dia seguinte, são famílias que, muitas vezes, dependem exclusivamente da renda desses profissionais”, disse. DJ Andersinho explicou que outras pessoas também dependem da música para viver, “O vendedor de ingressos, a garçonete, o pessoal do som, da iluminação, infelizmente algumas pessoas não fazem ideia da quantidade de recursos que injetamos na economia”, salientou.
A cantora Mara Ribeiro, que já teve Covid, questiona a categoria ser a única a não ter retornado com as atividades normais, “Fomos os primeiros a parar e seremos os últimos a voltar, mas quando? Pensávamos que agora voltaríamos a ganhar o nosso pão de forma digna, aí o nosso governador vai lá e decreta que não pode ter aglomerações, uma verdadeira contradição, porque tudo está funcionando normalmente, o comércio, os shoppings, as igrejas, academias, bares, enfim, tudo, menos a classe musical que segue sem trabalhar e com as coisas bem complicadas”, pontuou.
Para o artista Rony Lima, os governantes não fizeram nada diante das aglomerações no período eleitoral, “É óbvio que o governador sabia das manifestações políticas que estavam acontecendo no interior do estado e nada foi feito, porque ele não lançou esse decreto antes?”, questionou.