Aras defende direito de mulheres à laqueadura aos 18 anos e sem autorização de marido

Antônio Augusto Brandão de Aras, indicado para o cargo de procurador-geral da República, durante sabatina na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado
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Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O procurador-geral da República, Augusto Aras, defendeu o direito de mulheres fazerem o procedimento de laqueadura já a partir dos 18 anos, sem obrigação de terem dois filhos e sem o consentimento do companheiro. O posicionamento consta em parecer encaminhado nesta segunda-feira (31) ao Supremo Tribunal Federal (STF).

Tramita na Corte uma ação direta de inconstitucionalidade que questiona trechos da Lei do Planejamento Familiar, que vigora desde 1996. A ação é de autoria do PSB.

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“A pessoa maior de 18 anos é livre para ter filhos, biológicos ou não, e há e ser livre, em igual medida, para não os ter. Qualquer interferência estatal nessa esfera não encontra guarida no arcabouço constitucional”, avaliou Aras.

De acordo com informações do site do jornal O Globo, Aras comparou a situação ao processo legal de adoção. A possibilidade é dada ao indivíduo maior de 18 anos.

“(…) mas, de outro lado, não lhe é dada autonomia para deliberar sobre sua potência reprodutiva, assunto que não interessa a ninguém mais além do próprio sujeito”, acrescentou.

O titular da Procuradoria-Geral da República (PGR) defendeu ainda que decisões individuais prevaleçam sobre acordos conjugais. O posicionamento defendido por Aras é oposta ao do governo de Jair Bolsonaro.

Em posição enviada ao relator da ação, ministro Celso de Mello, a Advocacia-Geral da União defendeu a constitucionalidade da idade mínima de 25 anos para realização da laqueadura, bem como a necessidade de consentimento do companheiro.

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