Mal começou e já tem gente fazendo críticas e autocríticas sobre a performance dos candidatos da concorrência e do seu próprio grupo nas eleições para vereador deste ano. Em contato com este Política Livre, um dirigente de um partido da base do governador Jerônimo Rodrigues (PT) não economizou nas palavras e classificou como “muito pobres e sem propostas” as campanhas nas redes sociais tanto de partidos da base, como da oposição.
O interlocutor pontuou que a eleição de 2024 se resumiu a “uma campanha de dancinha de tiktok” e que, ao contrário de antigamente, onde os candidatos tinham o que mostrar, não se vê reuniões com pessoas. “Você vê uma foto ou outra, mas é tudo fazendo dancinha ou comendo um prato de feijão”, disse.
Dando como exemplo a campanha de Salvador, na avaliação do dirigente, o puxador de votos, Geraldo Jr. (MDB), também não ajuda muito por conta da sua falta de identificação com os partidos de esquerda. Ele externou preocupação com o risco da redução das bancadas das siglas da base na Câmara de Vereadores favorecendo os candidatos do arco de alianças do prefeito Bruno Reis (União), que segue como favorito à reeleição.
“Está um negócio terrível, você não vê ninguém na frente de um posto de saúde, de uma rua dizendo ‘olha, isso aqui tem problemas, a gente vai resolver isso’. Você não vê isso, não tem. É uma campanha de dancinha de TikTok, um negócio de extremo baixo nível mesmo de proposta, não tem nada. É uma pobreza angustiante de todos os lados”, frisou.
Carine Andrade, Política Livre
