Lincoln é anunciado como substituto de Tony Salles no Parangolé

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A banda Parangolé está sob novo comando. Após 10 anos tendo Tony Salles como vocalista, o grupo de pagode será liderado pelo cantor Lincoln Senna. O anúncio foi feito nesta quinta-feira (31), após meses de especulação, já no fim da era de Tony a frente do grupo.

O cantor, que deu o pontapé na carreira solo em 2021, já era especulado a frente da banda desde os rumores de que Tony Salles deixaria o Parango começaram a circular. O artista chegou a negar a especulação durante o Carnaval, mas para o público, a ida do ex-Duas Medidas para o grupo de pagode já era uma certeza.

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Durante a coletiva de imprensa para o lançamento da carreira solo, Tony Salles falou sobre a expectativa para o substituto do posto dele no Parangolé e reforçou a importância de originalidade e da criação de uma identidade própria.

“Para o bem da banda, para o bem do projeto, é interessante que qualquer um que entre hoje, para assumir o meu lugar, que ele tenha uma identidade própria e que siga a um caminho novo. Eu acho que não seria bacana um cantor entrar hoje e tentar fazer tudo o que eu fazia. Foi assim que eu fiz quando eu assumi o lugar de Léo. Eu acho que isso foi muito importante.”

Em 2021, quando lançou o primeiro single na carreira solo, Lincoln já se mostrava mais íntimo do pagode. A canção escolhida foi ‘Hoje Vai Dar Praia’, em parceria com Léo Santana, e na época, o cantor falou sobre o intuito de resgatar o pagodão.

“É uma música para o movimento do pagode mesmo, são alguns detalhes que dão gatilho daquilo que a gente chama de pagode raiz. É um pagodinho em lá maior, geralmente os grandes que aconteceram foram lá maior, sol maior, então, a gente tem uma violeira um swing que nos remete a o pagode que a gente conheceu lá no início do gênero”, disse na época ao Bahia Notícias.

Apesar de ter Xanddy Harmonia como uma das grandes inspirações na música, o estilo de Lincoln sempre puxou mais para o axé. Na época da Duas Medidas, alguns dos hits com a banda tinha mais a levada de bandas de axé do que os grupos de pagode, como o Parangolé, que agora ele está a frente.

“Quando eu comecei, eu comecei por causa de um cantor e por causa de uma banda, comecei por causa de Xanddy. Eu entrei na ‘Duas Medidas’ quando ela já tinha seis meses de formação. Quando você entra numa banda você está entrando numa casa ou numa empresa que já tem até uma filosofia. A banda era de samba axé e virou axé. Nesse processo você se adapta e cada pessoa que está ali também vai tendo a sua transformação pessoal, individual e profissional. Sempre foi latente em mim, aquilo que me fez começar, que era a inspiração em Xanddy.”

SOBRE O PARANGOLÉ
O Parangolé surgiu em 1997 de uma brincadeira, ou melhor, uma bagunça boa feita pelos músicos Adriano Nenel e Nailton Alves no ‘Bar de Dona Maria’, no bairro da Federação. O nome da banda vem justamente dessa agonia boa, a palavra parangolé tem como sinônimo a “festa” e o “barulho”.

A primeira formação da banda contava com Nailton nos vocais, que deixou o grupo para seguir carreira solo. O artista foi substituído por Mucinho e por Klebinho e Paulinho, mas a ascensão na Bahia veio nos anos 2000, na época em que Edcity assumiu os vocais do grupo ao lado de Nenel e lançou os sucessos ‘Delícia’ e ‘Baculejo’, hits de 2005. 

Foto: Instagram

Um ano depois, em 2006, Bambam se tornou vocalista do grupo ao lado de Nenel, que passou a aparecer mais na voz. Com essa formação, o público conheceu os sucessos ‘Só As Cabeças’ e ‘Problemática’ e ‘Fera Ferida’, do álbum ‘A Verdade da Cidade’, que foi uma das grandes marcas do pagode baiano.

Bambam deixou a banda em 2007 após brigas com empresários e Nenel se despediu para lançar o grupo ‘LevaNóiz’, deixando a banda nas mãos, ou melhor, na voz de Léo Santana. O artista chegou como a nova aposta do pagode e foi ter o primeiro grande sucesso como rosto da banda em 2010, com ‘Rebolation’, levando o Parangolé para o cenário nacional.

A música, que se tornou hit do Carnaval, entrou na parada da Billboard Brasil na 5ª posição, e furou a bolha. Com o grupo, Léo investiu em sucessos como ‘Negro Lindo’, ‘Balacubaco’, ‘Tchubirabirom’, ‘Madeira de Lei’ e ‘Leite Condensado’.

O artista saiu do Parangolé após 5 anos a frente da banda. A decisão de Léo foi prezando em investir na carreira solo, abrindo assim espaço para Tony Salles, que foi o vocalista com mais tempo de banda no Parango.

Tony chegou com a responsabilidade de manter o grupo no cenário nacional e a frente da banda teve grandes sucessos como ‘Open Bar’, ‘Sarra na Pista’, ‘Tchuco no Tchaco’, ‘Abaixa Que É Tiro’, ‘Ela Não Quer Guerra com Ninguém’ e os últimos singles ‘Rapunzel’, ‘Bombeiro’ e ‘Perna Bamba’.

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