Em um ofício enviado ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) no dia 24 de junho, as Forças Armadas solicitaram uma série de arquivos relacionados às eleições de 2014 e 2018.
Segundo a Folha de S. Paulo, os militares argumentam que o pedido, que está alinhado ao discurso do presidente Jair Bolsonaro (PL) no descrédito das urnas eletrônicas, visa “esclarecer e conhecer os mecanismos do processo eleitoral com a finalidade de permitir a execução das atividades de fiscalização do processo eleitoral”.
Questionado pelo jornal sobre o motivo da solicitação e quais seriam as atividades de fiscalização em 2022, o Ministério da Defesa não respondeu especificamente as perguntas, se limitando a dizer que as informações “são fundamentais para que os militares estudem os parâmetros e a estrutura do sistema eletrônico de votação para que possam realizar os trabalhos de fiscalização de forma técnica, séria e colaborativa”.
Dentre o material solicitado estão arquivos de imagens dos boletins de urnas; arquivos com registro digital do voto e logs das urnas; relatórios de urnas substituídas e que estiveram em pendência; além da lista de abstenções em cada seção eleitoral. Os militares solicitaram ainda dez itens de informações técnicas sobre sistemas e protocolos atuais das urnas eletrônicas.